quarta-feira, 1 de junho de 2011

Muitos ex-escravos africanos tinham escravos!

Leandro Narloch, no livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil (Leya), afirma que muitos ex-escravos africanos eram proprietários de escravos. O autor cita o caso de Zumbi, que segundo o pesquisador, tinha muitos escravos. Outro ex-escravo africano, Zé Alfaiate, chegou a mudar-se para a África de onde comandava um lucrativo tráfico de escravos para o Brasil.
Quer saber mais? Está tudo lá no livro, confira.

3 comentários:

  1. Papo furado para justificar a indústria escravagista do século XIX!

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  2. Não, na verdade, alguns dos principais comerciantes de escravos eram africanos que ao derrotar outras tribos, vendiam os captivos ao europeu que então os revendia aos colonos nas Américas. E entre esses, mtos ex-escravos que foram alforriados, principalmente nos Estados Unidos, como os Metoyer e os Johnson's, tinham escravos trabalhando para eles.

    Não se trata de justificar e sim esclarecer que irônicamente, negros também financiaram e lucraram com a indústria escravagista que se diga a verdade, ia muito além dos negros, brancos também eram comercializados por árabes e pelo próprio europeu, como era o caso dos irlandeses e dos ingleses.

    Entenda que sempre há dois lados embora não necessariamente um bom e um ruim.

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  3. Interessante a lógica de Narloch ao falar que Zumbi tinha escravos. Vejamos.

    1-Primeiramente Narloch fala que O QUILOMBO tinha escravos com base na obra de Edison Carneiro, O Quilombo dos Palmares:

    "Os escravos que, por sua própria indústria e valor, conseguiam chegar aos Palmares, eram considerados livres, mas os escravos raptados ou trazidos à força das vilas vizinhas continuavam escravos..." (Edson Carneiro, O Quilombo dos Palmares)

    2-Em seguida, com base nesse trecho do livro que fala do Quilombo, Narloch diz que ZUMBI tinha escravos.

    3-E, logo após, na mesma página, Narloch fala:

    "Não dá para ter certeza de que a vida NO QUILOMBO era assim mesmo..." (Leandro Narloch, Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, pág. 86)

    Bom, se não dá para ter certeza de que a vida do Quilombo era assim, forçosamente então não dá para ter certeza de que a vida de Zumbi também era como ele narra.

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